Justamente No Fim

Idiotizado por quem te intelectualizou,

Vivo me escondendo de mim mesmo.

Não sei se sou quem sou,

Ou se estou vivendo ao esmo.

Minha direção,

Direção que muda,

Muda de acordo,

De Acordo com o Fluxo,

Fluxo de desapontamentos.

Não tenho intento,

Mas tenho obrigações.

Corto minhas ligações,

Excluindo minhas emoções.

Matei os anões,

E prendi a Branca de Neve.

Sou plebeu,

Sou “a plebe”.

Agora é você quem bebe,

O sangue do demônio.

Seja enfadonho

Mas não chegue a ser medonho.

A vida é um sonho.

Todos somos insetos.

De nós só saem rimas,

Mas os textos não possuem sentidos.

Livrei-me das regras.

Quero liberdade,

Mas tenho que manter a sanidade,

Pois ela traz a felicidade.

Repetir faz melhorar,

Pois nada se repete,

Tudo se transforma.

Ganha quem compete.

A exaustão da alma nos faz mortos.

Porém, ainda somos vivos,

Ou estamos vivos?

Existem vários motivos...

Repelir a escuridão nos faz noturnos.

Somos guardas da grande mansão.

Guardas de todos os turnos.

Mansão dos grandes mentirosos.

Livrar-se do mal não é aceitar o bem.

Aceitar o bom não é livrar-se do bem.

Não ganhamos um vintém.

Mas não pertenço a ninguém.

Primeira pessoa.

Segunda e terceira.

Estamos numa canoa.

Você vive da sua maneira.

O mundo é a própria sujeira.

Todos somos bactérias.

Nunca entramos de férias.

A angústia nos faz ler livros.

05/04/05

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Acho que vou transformar esse em música...

Rafael S P Valle
Enviado por Rafael S P Valle em 20/12/2006
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