Sociedade consumida

Olho todos esses passos

desandados por falta de mãos

carcomidas sem alimento

linimento pro coração

combalido nas entranhas vazias

Estranha ao olfato consumado

empertigado pela imortalidade passageira

fino destrato com alma alheia

cheia de fé verde a vomitar

túmulos recorrentes

Nas sobras inexistentes

sobrevivem dependurados

ao tempo de espera sem opção de vida

Só ida

e revolta

Durma querida, não chores mais

Ainda há rugas no oculto da face

Ainda há chance de um sonho sem volta

leandro Soriano
Enviado por leandro Soriano em 11/07/2005
Código do texto: T32911