Meu choro

Eu choro porque vejo a vida diferente

Olho o amargo e conheço o doce

Choro pelas inquietações e prisões

pelas almas abandonadas na calçada

Choro pelos cantos pensando nos presos

perdidos, banidos, vivendo em cativeiro

Eu choro porque alguém precisa de choro

Do amargo, e da felicidade de ser enxergado

choro pela integração de raças, maltratadas, machucadas

Eu ainda choro pela libertação

E pela consciência da adolescência

Choro ainda mais que tudo porque sei

Que viver é um ato duro

E que os próprios homens é que fazem as prisões

Constróem solidão e mesmo o seu caixão

Vetam a liberdade e destróem tudo, tudo

Que a gente nem sabe quem fez...

Aline S Silva
Enviado por Aline S Silva em 06/01/2007
Código do texto: T337993
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