Eu protesto!

Num mundo onde "marketing pessoal"

É mais importante do que o caráter de alguém

Onde aparência é fundamental

E a cor da pele e a forma do corpo também

Não encontro espaço para ser o que sou

Porque não suporto artificialidade

Eu sou gente de verdade

Não sou um estereótipo que a mídia propagou

Não sou de mandar recado

Sou de refletir e partir para a ação

Contra a injustiça eu não me calo

Não quero ser mais uma na multidão

Nessa multidão inerte que tudo deixa passar

Que não protesta, que não se mexe e que só sabe esperar...

Esperar que a situação mude sem que se faça alguma coisa

E ficar de pernas pro ar, levando a vida numa boa

Num mundo onde etiquetas têm grande valor

Num mundo onde reina indiferença e desamor

Num mundo onde tudo é cobiça e vaidade

E onde uma mentira, repetida, vira verdade

Só que eu existo, posso estar na margem, mas não sou resto

Podem me ignorar, me excluir, mas ouvirão o meu protesto

Eu protesto contra a ganância

Eu protesto contra a indiferença

Eu protesto contra a ignorância

Eu protesto contra a carência

Eu protesto contra a artificialidade

Eu protesto contra a desigualdade

Eu protesto contra o desamor

Eu protesto contra a total falta de valor

De valor à vida

De valor às pessoas

De valor às criações divinas

De valor ao amor, que tudo perdoa

Eu protesto contra a dureza dos corações

Eu protesto contra a cegueira espiritual

Eu protesto contra as insensatas realizações

De pessoas que desprezam o bem e praticam o mal

Eu protesto e sigo a protestar

Nenhuma mão opressora pode me abalar

Pois eu conheço Aquele que me fortalece

Saibam que, de nenhum(a) filho(a), Ele se esquece

O Deus Altíssimo não faz acepção

Do príncipe ao mendigo

Do grande ao pequenino

Ele ama sem impor condição

Maria Cleide da Silva Cardoso Pereira (MCSCP)
Enviado por Maria Cleide da Silva Cardoso Pereira (MCSCP) em 01/01/2012
Reeditado em 16/01/2012
Código do texto: T3416372
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