Já se foi a primavera

Já se foi a primavera

Já se foi a primavera, a mãe das flores

Chegou o verão de chuvas e aguaceiros

Envolto na umidade de seus vapores

Inundando cidades e campos sem outeiros

A tragédia repete-se a cada ano

Castigando, das vertentes das colinas

Aos ribeirinhos, já crentes no desengano.

As promessas do governo, são rotinas

Os aportes anunciados às calamidades

Nunca chegam ao destino da tragédia

Vemos pela TV nos campos e nas cidades

A destruição, como no início da comédia

Com as nova chuvas, nova inundações

Gente sem lar, gente de bem, em má situação

Com a roupa do corpo, sem cama e lençóis

Quem desvia o dinheiro é pior que ladrão

O que vemos é a imunidade crescendo

O tesouro nacional precisa ser protegido

Se assim não for, os ímpios vão vencendo

E a maior vítima, nosso povo desnutrido

Ano, após ano, com a desgraça deste povo

Meia dúzia de espertalhões fazem a feira

E o que deveria ir para o humilde povo

O político enche a burra, na bandalheira.

Porangaba, 22/01/2012

Armando A. C. Garcia

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