JUSTIÇA
Lá estava ele
Todo elegante
Sempre galante
A atender o povo.
Andava bem vestido,
Era bem quisto,
Todos o admiravam
Por ser assim.
Cabeleira bem cuidada
Barba bem feita,
Corpo esbelto
Tudo no lugar.
Mas é o que dar:
As aparências enganam,
E o cara era um safado.
Cantava todo mundo.
Quando o pegaram
Ele disse: eu sou, só educado!
Mas que descarado!
Cantava as menininhas.
Gostava das novinhas.
Com as senhoras
As tratava bem
Para fazer uma média.
Ajudava
Subir escada,
Puxava a cadeira
Para sentá-las.
Até que um dia
Sua casa caiu.
Surgiu um abacaxi
Teria que descascar.
Era tanto problema
Que ele se viu numa bela encrenca.
Meninas saindo pela culatra,
Tudo fora descoberto.
E o esperto perdeu a graça,
Ficou deselegante,
Nada tinha de galante
E o povo, ah o povo!
Quiseram linchá-lo,
Amassá-lo, fazer dele
Um pano de chão.
Que situação!
Sem dó no coração,
Eles o puxaram daqui, dali...
Fizeram-lhe uma bela plástica:
De belo agora, não tinha nada!
Lá estava ele
Todo elegante
Sempre galante
A atender o povo.
Andava bem vestido,
Era bem quisto,
Todos o admiravam
Por ser assim.
Cabeleira bem cuidada
Barba bem feita,
Corpo esbelto
Tudo no lugar.
Mas é o que dar:
As aparências enganam,
E o cara era um safado.
Cantava todo mundo.
Quando o pegaram
Ele disse: eu sou, só educado!
Mas que descarado!
Cantava as menininhas.
Gostava das novinhas.
Com as senhoras
As tratava bem
Para fazer uma média.
Ajudava
Subir escada,
Puxava a cadeira
Para sentá-las.
Até que um dia
Sua casa caiu.
Surgiu um abacaxi
Teria que descascar.
Era tanto problema
Que ele se viu numa bela encrenca.
Meninas saindo pela culatra,
Tudo fora descoberto.
E o esperto perdeu a graça,
Ficou deselegante,
Nada tinha de galante
E o povo, ah o povo!
Quiseram linchá-lo,
Amassá-lo, fazer dele
Um pano de chão.
Que situação!
Sem dó no coração,
Eles o puxaram daqui, dali...
Fizeram-lhe uma bela plástica:
De belo agora, não tinha nada!