Confissões Reais

Confesso que dar uma dor no peito

Em ver o mundo dividido

Crianças na rua pedindo

E homens de gravata mentindo.

Confesso que me maltrata ver

Comida jogado no lixo

Desperdício de quem tanto come

Enquanto pessoas sofrem com fome.

Confesso que meus olhos choram

Em ver crianças nos dados de morte

Jogadas das janela, no lixo e no rio

Outras na rua sofrendo, abandonadas com frio.

Confesso que não consigo entender

Crianças sendo exploradas

Crianças cheirando cola

Sem ao menos conhecer um livro

Sem ao menos ir à escola.

Confesso que fico chocado

Em ver pessoas indefesas agredidas

A violência sendo destaque dos jornais

O Reflexo de fatos reais.

Confesso que sinto vergonha

Das filas enormes dos hospitais

Da ironia e da humilhação

Do desrespeito a cada cidadão.

Confesso que fico trêmulo

Com um mar de assaltos e tanta guerra

Em ver a impunidade

Os mascarados em liberdade.

Confesso que fico procurando

E não encontro justiça

Só encontro defeito

Tento e não enxergo o DIREITO.

Confesso que não encontro

Por onde anda a igualdade

Ainda vejo o preconceito

Tanta gente sofrendo desrespeito.

Confesso que tanta coisa me decepciona

Mas acredito na mudança

Porque aqui no meu peito,

Existe uma chama de esperança.

Confesso que nós jovens

Ainda não temos tantas oportunidades

Mas podemos ter um novo olhar

Tendo boas ações, pra esse mundo transformar.

Podemos plantar confissões

De pensamentos concretos

Sermos uma geração diferente

Que plante e colha a semente.

Uma palavra, um passo, uma luta

Pode começar com você mesmo

Nunca se pode ter medo

Nem se pode achar que é tarde

Se ao menos não se conhece o que é cedo

Francisco Sousa
Enviado por Francisco Sousa em 29/02/2012
Reeditado em 17/09/2014
Código do texto: T3527479
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