TRISTE DROGA

TRISTE DROGA

Mãos marcadas pelo desleixo

Seguravam a menina

Em uma das muitas esquinas

Daquela vida sem eixo

Pedia por uma ajuda

Mas não queria ajuda

Apenas dinheiro queria

Pra droga que consumia

A menina no colo chorava

Suja e encovada

Fazendo parte da triste cena

Encenada no palco da calçada

Passavam alguns e jogavam moedas

Sem se apenar daquela sequela

Que sofriam a menina e ela

Que precisavam mais que moedas

Será que em algum momento

Vamos parar de assistir

Essas peças de lamento

E humanamente agir

Incontinenti não vejo solução

Pois não depende de individualidade

Mas sim de nova visão

De vida, amor e civilidade

Quem sabe no porvir

Numa nova humanidade

Não precisemos fingir

Caridade

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 07/03/2012
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