Dia de verão

O mar hoje estava em ressaca

e a vida vestiu a casaca

para enfrentar o dia,

que, pensava ela, ganharia.

Do tempo que fica sombrio,

da névoa que cobre o rio,

qualquer sombra desaparece

e toda luz enegrece.

Olhos verdes, grandes,

que nada veem, galantes,

as velhas carruagens,

que andavam nas margens

do rio em que tudo começou.

Pois esta vida merece sim,

merece início e fim.

Este breu escuridão

não pertence a esta imensidão:

foi apenas um dia de verão.

Eduardo D
Enviado por Eduardo D em 15/03/2012
Reeditado em 15/03/2012
Código do texto: T3555848
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