E é assim que demoro meus olhos
sobre os pores-de sol,
revelando ondulações de terras esverdeadas
... e os mares bonançosos,
às vezes parindo naus tristes ou suntuosas..

As brisas trazem-me gemidos pesados de dor
e líricas abençoadas de tenro frescor.
E é assim que demoro meu coração
nas borboletas em suas flores e
nos homens em sua fome.

E é assim que todo meu ser se debruça
ante a estranheza do soluço e da risada,
para dizer aos povos sem norte
que ainda há a certeza
do fio histórico singrando luz 
 nos legados das chagas de Jesus.



Flávia Melo
Enviado por Flávia Melo em 27/03/2012
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