SOCIEDADE DO SÉCULO XX

Tantas coisas passaram, porém eu fiquei.

Sou resto da vida, estilhaço do mundo;

Não vivo, vegeto como um ser imundo.

Sociedade atual, sórdida elite;

Massacra o fraco, destrói o rival;

Não existe obstáculo frente ao seu visual.

Sociedade consumo, antro de perdição,

Covil de seres racionais tão desprovidos de sentimentos.

Entidade privada, onde só os poderosos têm privilégios,

Santuário de deuses de barro.

Será que o mundo não vê este mal?

Afinal, foi pregado, já faz algum tempo,

Que todo homem ao outro seria igual.

Mas o homem, eterno egoísta,

Criou para si, certas divisões;

Esqueceu-se dos outros, seus semelhantes,

Em busca de ilimitadas ambições.

Riedaj Azuos - Galiléia- MG – l982