Mar de Lixo

O sol se põe no horizonte e nas montanhas de lixo,

Um senhor está sentado sobre o seu saco de reciclados,

Não se importando com os abutres, os vermes e os ratos,

Está concluindo mais um dia de trabalho no lixão público,

Aquele oceano sólido, fétido, contaminado que vem de nós.

É a sua paisagem diária, seu paraíso, o seu ganha-pão,

Sim, e ele está feliz porque aquele foi um dia lucrativo,

Está indo pra sua casa feita de lixo, ver sua esposa e filhos,

E, no dia seguinte, como de costume, voltará para o mar de lixo,

Pois é único mar que conheceu na sua miserável vida.

Fábio Pacheco
Enviado por Fábio Pacheco em 10/05/2012
Código do texto: T3661173
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