Sonho de Muleke pés descalços

No cinzacéu de calmocaos,

Movimentando-se lentamente a caminho do zero

Vê-se em mergulhos na tempestade de ar

O passeio livrepreso pelo cordão de prata

O sonho do mulekepésdescalço

Com varetas de nuvem chumboresponsabilidade e papel de gotas d´agua de baixaumidadedoarleste

Desbica pra esquerda do sonhar

Desce a reta da tormentadesigualdade

Corta a exclusão e apara a liberdade

Uma pipa rasga o cinzacéuchumbo que traz o prenuncio da liberdadetempestade

E revela o sorriso amarelosonhodescasosocial do molekepésdescalço

Desaba mundo! Chega a tempestadeliberdade acentuado o sorriso amarelo;

Vem banho de chuva

Vem banho de chuva

Vem banho de chuva

Lava a alma da ignoranciafumaçacinzaracista

Molha a roupa velha do mulekepésdescalço que agora, quebra o cordão de prata

E já não duela nos cinzacéus sozinho

Outras veretas de nuvem chumboresponsabilidade voam entre a tormentadesigualdade

Não há mais passeio livrepreso, o vôo agora é livre, aparou a liberdade e quebrou o [cordão de preta]

E o mulekepésdescalço fica a olhar o vôo livre da pipa liberdade, ostentando seu sorriso amarelo, tomando um banho de chuva.