Bêbado

passos trôpegos pelas ruas

lá vai ele titumbeando

cada passo um tropeço

cada olhar um desegano

sol ou chuva,não importa

suas mágoas vai levando

sozinho com seus clamores

não vêm que está penando

dormindo pelas calçadas

dia e noite no relento

se acorda vai praguejando

lavando seus pensamentos

nas noites frias sentado

à porta de uma taberna

a companheira cachaça

maldita bambeia a perna

em alguns arrebata risos

a outros só causa pena

e a malvada cachaça

não resolve-lhe as pendengas

Lucina Duarte
Enviado por Lucina Duarte em 23/07/2012
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