EXTINÇÃO
Que virá sobre a vida,
ponteada de negra preamar...?
Nos insalubres restos,
dos insanos manifestos,
que não fizeram a terra salvar...
Que aurora terão os dias,
na fuligem de um mundo assim...?
Pois da dor não virá a morte,
e a neblina ocultará o norte,
algo triste, entre a lágrima e o fim...
Estarei ainda nas manhãs frias,
que nascerão nestas eras...?
Ou minh`alma, a muitos anos,
viverá em outros planos,
saudosa das antigas primaveras...?
Que virá sobre a terra,
vagando no espaço sideral...?
Talvez um azul esmaecido,
tinja pálido, o seu céu poluído,
sob as estrelas, no momento final!