NÓ DESTINO

NÓ DESTINO

As terras, os olhos, a fronte;

As mãos, os ombros, o destino;

Insistindo em encarar o horizonte;

Rachados, queimados, distorcidos.

A columbídea, a patela, a pelanca;

O pelanco, a temporal, a anca;

Cismado que das cinzas verde arranca;

Migram, mostram-se, escondem-se.

A vida, a forma, o homem;

A história, a prosa, a fome;

A pirraçar que a vontade dome;

Extinguem, deformam, consomem.

Mas a fé, a simpatia e a graça,

A alegria movida à cachaça,

Em beber todo o fel da taça,

Insiste, cisma e pirraça.

Saulo Palemor
Enviado por Saulo Palemor em 04/09/2012
Reeditado em 09/03/2013
Código do texto: T3864299
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