Foge, foge pequenino

Nos destroços do submundo

Se perdeu uma geração

Que cheira cola ou cocaína

Para fugir da depressão

Pra esquecer o dia-a-dia

Longe desta multidão

Que sufoca a liberdade

E lhe maltrata a razão

Que aperta o gatilho

Ao invés de dar a mão.

Foge, foge pequenino

Longe desta multidão

Foge da realidade,

Da tristeza, da solidão

Foge, foge pequenino

Foge desta repressão

Foge desta hipocrisia

Longe deste mundo cão.

O mundo hoje lamenta

Esta triste condição

Fala tanto da esperança

Mas esquece a educação

Não investe na cultura

No lazer, no cidadão

Por isto este pequeno

Escravo da ilusão

Não encontra a saída

Não encontra a solução.

Foge, foge pequenino

Deste mundo do aquém

Foge desta sociedade

Da mentira e do desdém

Foge, foge pequenino

Tão sozinho sem ninguém

Jesus não nasceu aqui

Aqui já morreu o bem.

Bate o sino pequenino

Bate o sino de Belém

Aqui jaz um inocente

Que não deixou de ser neném.

CARLOS ALEXANDRE F DA SILVA
Enviado por CARLOS ALEXANDRE F DA SILVA em 22/02/2007
Código do texto: T389909
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