ENGOLINDO SAPOS

Num brejo bem aqui por perto,

Um burburinho intenso se formava.

Era tempo de eleição

E a empolgação bem aos poucos começava.

Num coaxar daqui e dali,

os sapos que eram candidatos ,

improvisando discursos,

bastante animados,

valiam- se de todos os recursos,

só esperando os resultados...

Os candidatos prometiam

Soluções a revelia

Iam cuidar do brejo,

Tudo seria alegria!

Para ganhar votos

Criatividade não faltaria.

Sapo bom de papo

Fazia coligação,

Levando vantagem na urna

E em pesquisa de opinião.

Na política muitos se aprumam

E poucos não perdem a razão;

Pois quando se omitem e se acusam

É sinal de grande corrupção.

Sapo esnobe,

Sapo bom no “ibope”,

Sapo intelectual,

Sapo “cara de pau”,

Sapo antigo na panfletagem.

Sapo cheio de “bondade”!

Sapo de todo jeito,

Mas o importante

Não era ser o melhor,

Era ser eleito.

E o brejo parecia um campo minado,

Tinha eleitor desconfiado...

E coaxando pelos cantos

que tinha candidato

que nem sabia

qual partido defendia

e qual seria a sua obrigação,

caso ganhasse a eleição.

E para encurtar a história,

Dizem que no tal brejo

Nunca houve solução,

Continua tudo na mesma

É só ganhar a eleição:

Sapo pobre continua no brejo

Esperando solução,

E sapo gordo bem longe

Pra não ouvir reclamação.

Só se encontram novamente

Em ano de eleição.

Sandra Sampaio
Enviado por Sandra Sampaio em 04/10/2012
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