A fetado

Entre vários pedaços distorcidos

Eu vejo conforme maya

Vejo através de meus olhos

A imagem de minha mente

Não vejo vida

Não vejo morte

Vejo a estagnação

Que me possui

Possui este corpo

De formas indefinidas

Este corpo que não nasce

Não cresce

Este corpo só existe

Ele não é vida

Existe ainda como feto

Um embrionário programado

Em seus olhos

A objetividade de uma maquina

Em sua boca

Fogo e constância

Por todo seu corpo buracos

Feridas, marcas da existência

Marcado pelo tempo que existe

Sem ao menos ter vivido

Ou possuído consciência

Sempre um feto

Dimas Reis
Enviado por Dimas Reis em 04/03/2007
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