MARIA VAI COM AS OUTRAS

A Maria vai com as outras,

Porque não sabe ir sozinha.

Tendo duas pernas,

Mas por si só não caminha.

Pouco aprendeu a ler

E nada a interpretar.

Aprendeu só a engolir,

Mas não sabe mastigar.

Nessa pobreza de espírito,

Por falta de senso crítico,

Por outros deixa se levar.

Maria tem belos olhos,

Mas não enxerga o que vê,

Pois do mundo vive lheia,

Sem nada compreender.

O que ouve, não escuta,

Pois não sabe refletir,

Aí lhe falta argumentos,

Pra as ideias transmitir.

Ela quase se iguala,

Ao papagaio que fala,

Mas só sabe repetir.

E mesmo suas ações,

Por outros, são controladas.

Como massa de manobra,

Sua vida é direcionada.

Na hora de escolher,

Candidato pra votar,

Escolhe aquele que mais,

Nos sabe ludibriar,

Que agrada com presentinhos,

Se passando por bonzinho,

Pra os votos assim comprar.

Se o mundo está perdido,

Já não tem mais solução.

Pra ela todo político,

É corrupto, ou ladrão.

Nada se pode fazer,

Para que preocupação.

Pra melhorar meu país,

Eu não tenho esse condão.

Se foi Deus que quis assim,

Diz ela, pobre de mim,

É deixar como está, então.

E assim nesse conformismo,

Povo sem autonomia.

A dignidade humana,

É coisa de menos valia.

O povo não se organiza,

Pra lutar por melhoria.

Com tantas informações,

Que nós temos hoje em dia,

Ainda se massifica,

Para o como está fica,

Com as outras vai Maria.

CEZARIO PARDO
Enviado por CEZARIO PARDO em 15/12/2012
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