VAI-TE EMBORA ANO CRUEL

Dois mil e doze com sabor azedo,

Cheira a corrupção dor e sofrimento.

No ar sopra o vento agreste do medo,

O Mundo filme de terror, enredo,

Transformado num vulcão violento.

Alguém diz que o dinheiro não é cego,

E há quem lhe chame vil metal.

Nasce da ganância e desassossego,

Põe: pais, mães e filhos no desemprego,

E numa guerra podre e desigual.

Vai-te embora ano cruel, malvado,

Deixa entrar o sol a luz a amizade.

As ondas do mar com claridade,

Fortalecem o Homem revoltado,

Num Ano Novo e nova tempestade.

Carlos Cardoso Luís

Carlos Cardoso Luis
Enviado por Carlos Cardoso Luis em 27/12/2012
Código do texto: T4056077
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