Carnaval Mercantil
Vai o capital impondo a harmonia
Vai marchinha agonizar no leito da agonia
Vai pelo circuito solitário no solo de Armandinho
Vai que tudo que é belo se perde pelo caminho
Lá se foi o tempo em que era espontânea a alegria
Agora ritmo , dança , vida: são puras coreografias
Espreme-se o povo feliz no cantinho
Muro escuro : a corda : o cofrinho
Tamanha barbárie reflete a falta de sintonia
Sopa de casta cada vez mais uma utopia
O que se revela é o paradoxo do ninho
E a divisão entre o trapo e o linho.