Quarto ao Relento

A noite vai longa

Há muito o astro desceu

Rendeu-se ao canto das estrelas

E embalado por elas

Adormeceu

E em cada quarto

Em cada cama

Repousam anseios

Até que volte o dia

Mas nos passeios

Despidas de meios

Também dormem almas

Nas pedras doces

Sem mordomia

São livres no tempo

À chuva e ao vento

Estendem os papelões

Seus confortáveis colchões

Num quarto ao relento

Com a lua por candeeiro

E uns trapos por travesseiro

Vão vivendo

Vão dormindo

Comendo

E resistindo...

Sem dinheiro!

AlexandreCosta
Enviado por AlexandreCosta em 10/02/2013
Código do texto: T4132665
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