centro da cidade

em plena cidade o tempo é a pressa

e a competição que não traz alegria

na hora do almoço a ordem é essa

não há o que impeça o sabor da agonia

na fila da van, o vestido colado,

os olhos azuis, o traseiro divino,

quem corre não pensa em tê-la a seu lado

não há na cidade o sonho-menino

e se há por ventura alguma esperança

é quando a tarde descansa cinzenta

e sobram nos bares os restos do dia

e aí se conversa sobre o que não cansa

ou sobre os desejos que nunca se inventa

mas só quando sobra uma mesa vazia

Aluizio Rezende
Enviado por Aluizio Rezende em 05/03/2013
Código do texto: T4172107
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