O QUE SERÁ DE MIM?

Desde cedo que sofria pesado

E da tal alegria, apenas rumores

Via contos em sua tela sem cores

Que a vida já teve outros sabores

Ia à escola tal qual o ano passado

A mesma mochila, o mesmo caderno

A mesma farda e o sapatos furados

E piorava quando chegava o inverno

Cobria-se com um lençol machucado

Que um amigo querido achou no lixão

Todo manchado! Mordido por ratos

Vinha sempre à noite a buscar o seu pão

Fruto das sobras donde havia fartura

Na sua crua tortura, pensava infeliz

Como podem tantos, com tão pouco

E tão poucos, com quase todo o país?

Via seus amigos sumindo aos poucos

Vítimas de escolhas, que conduzem ao fim

Hipócrita! O governo apenas finge importar-se

Ó meu Deus! O que será de mim?

http://poetaurbanoba.blogspot.com.br

POETA URBANO
Enviado por POETA URBANO em 17/04/2013
Reeditado em 18/04/2013
Código do texto: T4244672
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