RENDIÇÃO

RENDIÇÃO

Mãos ao alto

Rendo-me aos violentos

Que levem de assalto

O suor de meu sustento

Estou cansado da inútil luta

De tanta labuta

Quero agora só a paz

Até o aqui jaz

Quero ser livre de verdade

Sem medo de atrocidade

Poder estar e ficar com os meus

E não precocemente entregar-me a Deus

Não quero celular, carro

Podem tirar o sarro

Mas deixem-me viver

E não, sobreviver

Quero minha cabeça limpa

Sem nuvens cinzas

Podem fazer a limpa

Não quero dos meus as cinzas

Por favor não quero mais ter nada

Levem tudo de nada

Afinal daqui nada vou levar

Apenas minha alma

E a quero absolutamente calma

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 05/06/2013
Reeditado em 05/06/2013
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