Entre Rios e Janeiro

Quero sair pelas ruas

dessa cidade maravilhosa,

ver todas elas semi-nuas

andando sem verso nem prosa

De mãos abertas para o céu

ancioso para não perder,

os ingredientes do mel

sem azedar o prazer

Pelas calçadas onduladas

entre cidade e mar,

sob todas as ondas

entre terra e ar

Me vejo dividido

pelas leis e liberdade,

voltando de longe coração partido

deixar a areia pela cidade

Eu não queria alguém para ligar

fazer o convite pra vir,

eu que precisava me tocar

que não há pra onde fugir

De mais um sonho desperto

com as sirenes e gritos do pesadelo

vejo a guerra do mais esperto

matando tudo e todos pelo medo

Censurando todas vontades

confundindo vícios e prazer

correndo atraz das verdades

medo do mal tapa para não ver

De cabeça aberta e cheia

esvazio a responsabilidade

sentado naquela areia

batendo agua e sons de Liberdade

Entre rios e janeiro

estou " são " no palco

passo denovo o ano inteiro

vendo cidades e praias la do alto ...

Tolentino
Enviado por Tolentino em 02/04/2007
Reeditado em 07/04/2007
Código do texto: T434833