Voz nas ruas
" A voz não me cabe mais presa na garganta. O asco do jogo sujo, agora me obriga a vomitar tudo na face do poder. Quero que ouçam a minha voz nas ruas. Não mais me fecho no silêncio apático dos indolentes.
Marcho agora para ser ouvido. Quero mostrar minha face indignada através da minha voz elevada. Chega de sono. Basta de Medo. Fora a apatia. Quero a minha voz pela rua entoar.
Não sou vândalo ou fascista, mas um cidadão que não quer mais se calar. Entre bombas de gás e balas de borracha eu avanço para gritar, mesmo com a dor do cassetete no meu corpo eu não mais aguentar, continuo a avançar.
Quero gritar: agora está na hora de acordar. Chega de tudo o que era e vamos sonhar com a mudança. Quero minha voz nas ruas, somada com outras, por toda a parte a gritar: Chega de tanto lixo aguentar."