As Revoluções de Hoje
A força iracunda do povo, fogo
Que queima tudo e todos, ao mesmo tempo
Flama fria que viaja com os ventos
Oxigenada por fluídos igualmente ocos
Ouviram das ruas, à funestas margens
O brado de um gigante mal acordado
Ostentando, com honra, nosso lábaro
Fazendo dele, palco pra miragens.
Agora, inauguram novos timbres
Virtuais, de alcance planetário
Revoluções e seus antigos símbolos
Tomaram ares quase imaginários (totalitários?).
Apelar para o tempo, ou deus (quem sabe?)
Pode não ser nossa única resposta
Mas mergulhar em águas transpostas
É depredar nossos próprios museus (e a verdade).