Robôs em preto e branco
Tudo que eu aprendi na escola
é que a única possibilidade de felicidade
é estar conformado e satisfeito
com a sua própria escravidão
Falta amor
mas principalmente falta paixão
a monotonia nos consumiu
somos sonâmbulos afundados em nosso próprio ego
Presos em um fluxograma autodestrutivo
pressionamos e vigiamos uns aos outros
julgando e condenando qualquer coisa fora do comum
perpetuando nossa própria padronização
Controlamos tantas máquinas que viramos uma
competimos tanto que todos perderam
e buscamos tanto o prazer
que nada mais nos satisfaz
Reprimimos a empatia
a criatividade
a capacidade de sentir beleza
o tempo passa e a constante luta na robotizada vida moderna
vai apequenando nossa alma cada vez mais
Controlados pelo medo
não temos tempo para viver
a liberdade é uma ameaça
na terra dos escravos
Que o coração nos salve
que os sentimentos prevaleçam
que a cooperação vença
e que a união construa
a mudança que tanto esperamos.