Um café, um c'o ouro, um c'os dois

Todo dia o corpo se cansa

E amansa o limite da vista

Deste pão não esqueço o sabor

Por mais que insista, doutor

A quebrada de onde sou nada

Tão inchada que até desbotou

Já não vale o calor desta água

Não descarta o sal do rancor

Esta cama, este breve refúgio

De quem ama, de quem morre e sorri

Se prolonga o nó das amarras

É melhor ficar ou sair?

Por favor, me leva café

Um café, um c'o ouro, um c'os dois

Preciso chorar neste sono

Pois não sobra tempo depois

24/08/13 22:54