FRONTEIRAS

FRONTEIRAS

Aqui não é mais aqui é outro lugar

Linhas imaginárias, imagine!

Um tiro risca o ar

Dá pra imaginar a vitrine

Aqui não é mais aqui

Aqui é lá

E lá é aqui

Talvez acolá

Liberdade fronteiriça

Sujeita a carimbo

Ir e vir postiço

Padecer no limbo

Nesta esfera

Que gira e não rola

Os gomos da bola

São fronteiras de primavera

Primavera que nunca chega

Em que não há flores

Isenta de cores

Emancipação pândega

Logo aparecem os canhões

Os salvadores da pátria e das nações

Trazendo a promessa de emancipação e paz

Mas no fundo o sabor é de aqui jaz

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 02/09/2013
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