NOSSA LUTA
Os nazistas são radicais fadados à extinção,
lutam pela sobrevivência de ideais extremos,
quando as nações estão unidas numa organização
centrada na defesa de valores supremos.
Como inteligir tamanha estultícia,
que tanto descalabro registrou na história,
que até os dias de hoje é notícia
e que, de tão infame, fincou raízes na memória?
No silogismo da vida em sociedade,
todo homem tem direito à liberdade
e nenhum homem livre pode ser discriminado,
portanto todo homem deve ser tolerado.
Há que se sentir, além do olhar,
a alma a vibrar,
sem raça, sem sexo, sem cor.
Há que se tocar, com o olhar,
o coração a pulsar,
com ritmo, com intenção, com amor.
Porque se as diferenças existem,
é para nos completarmos,
e se as tribulações afligem,
é para nos solidarizarmos.
Na atualidade, a prevalência dos direitos humanos
é um estorvo no malfadado caminho dos tiranos,
ou eles descartam preconceitos que, no fundo,
não têm lógica, ou serão engolidos pelo mundo.
A vida é uma jornada curta,
é um átimo da eternidade,
do seu ventre ninguém furta
a benigna e infinita criatividade.
O homem é um ser multifacetado,
é uma centelha da divindade,
arrisca seu arpejo num mundo orquestrado
na cadência natural da competitividade.
Mas a intolerância do nazismo
nega toda a verdade da evidência
e corrompe toda a boa consciência,
com a insânia do seu fanatismo.
Se os ventos vermelhos da força bruta
ainda espalham o ódio racial,
construir uma sociedade fraternal
é a minha, a sua, a nossa luta.