EM MEIO AO HALOWEEN

Era imenso o escuro a ser desvendado:

O que existia sem ser revelado,

Num exercício ruim, malfadado.

A maledicência atrás do sorriso...

Na adubação de todo conflito.

Na negligência tão prestimosa

A incoerência inescrupulosa,

Sob a mão que cedia a oportunidade

Também se velava a notória verdade.

No afã dum poder que só fora emprestado

Havia o interstício do mal planejado.

E frente ao chicote desapercebido

Havia gemidos do bem oprimido.

De toda a máquina tão articulada

Jazia o direito à vida, negado.