Carta-testamento: O sábio, a Palavra, a História.
- Amai-vos uns aos outros.
Disse outrora o velho sábio.
Mal sabia o tal, e se sabia,
Escondia,
Que o mundo é feito de conflitos.
O próprio amor é um conflito!
A sabedoria do velho
Transformou-se em ideologia.
Mata-se e morre-se em seu nome, porque em troca,
Disse um Nobel português,
Prometeram-nos paraísos e ameaçaram-nos com infernos.
Quem é o Deus todo poderoso,
Criador dos céus e da terra,
Zeus, Brahma, Oxalá, Jeová?
O sábio foi morto, o mataram, morreu.
Homicídio, suicídio, culpa ou ousadia?
Salvou do pecado os que mais tarde pecariam.
A cruz foi o fim. O prólogo da tragédia.
E enquanto su’alma se esvaía,
Sua mente sucumbia o Déjà vu de Vargas:
- Saio da vida para entrar na história!
E se foi, mas continua; Seguindo o destino que lhe foi imposto.
"Tenho lutado mês a mês, dia a dia, hora a hora, resistindo a uma pressão constante, incessante, tudo suportando em silêncio, tudo esquecendo, renunciando a mim mesmo, para defender o povo, que agora se queda desamparado. Nada mais vos posso dar, a não ser meu sangue. Se as aves de rapina querem o sangue de alguém, querem continuar sugando o povo brasileiro, eu ofereço em holocausto a minha vida"
- Getúlio Vargas