SER INDÍGENA – SER OMÁGUA

Sou filha da selva, minha fala é Tupi.

Trago em meu peito, as dores e as alegrias do povo Kambeba

e na alma, a força de reafirmar a nossa identidade,

que há tempo fico esquecida, diluída na história.

Mas hoje, revivo e resgato a chama ancestral de nossa memória.

Sou Kambeba e existo sim:

No toque de todos tambores,

na força de todos os arcos,

no sangue derramado que ainda colore essa terra que é nossa.

Nossa dança guerreira tem começo, mas não tem fim!

Foi a partir de uma gota d’água

que o sopro da vida

gerou o povo Omágua.

E na dança dos tempos

pajés e curacas

mantêm a palavra

dos espíritos da mata,

refúgio e morada

do povo cabeça-chata.

Que o nosso canto ecoe pelos ares

como um grito de clamor a Tupã,

em ritos sagrados,

em templos erguidos,

em todas as manhãs!

Márcia Wayna Kambeba
Enviado por Márcia Wayna Kambeba em 21/01/2014
Código do texto: T4659258
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