CRIANÇAS AZUIZ. CRIANÇAS INDIGO!

CRIANÇAS AZUIS! CRIANÇAS INDIGO!

Nas fronteiras da ciência.

No limiar da consciência.

Olhando o olho que me olha.

E o estampar brinde da rolha.

Entre os jogos alvinegros.

Entre o branco e o negro.

Entre a festa e o medo.

Entre o choro e o enredo.

Anestesiado e feliz.

Por algo que nunca fiz.

Por tudo que eu sonhei.

Por tudo que não ganhei.

Por tudo que consegui.

Por tudo aquilo que eu vi.

Por todo ar que inpirei.

Por tudo aquilo que eu sei.

Por minha percepção.

Da minha alma canção.

Da minha rara oração.

Na hora que vou dormir.

Rezar o que ensinaram.

Depois as minhas opções.

Adormecer, Tágides minhas.

Como Camões em Lusíadas.

Depois, silencio na sala.

Onde a festa não fala.

Onde o olho me olha.

Saltando como a rolha.

Sobressaltando a alma.

Chovendo em mim toda a calma.

Daquela coisa imprevista.

Daquela doce entrevista.

Eram pessoas, assuntos.

E dimensões diferentes.

Mexeram com minha calma.

E atiçaram a mente.

Eu agucei o espírito

Para melhor entender.

O Edvaldo Pereira.

Oitenta anos de ser.

Ouvir Américo Barbosa.

Entre meu Deus e o arcanjo.

Falando de esperança.

E descobri a criança.

De cognome “Cristal”.

Índigo blues ou azuis.

Nesse planeta tão lindo

Como a luz de Jesus.

E são crianças e são poucas.

Estão conosco ou nas rotas.

Com suas áureas brilhantes.

E seu disfarce errante.

E pode ser o teu filho.

Errando o estribilho.

Ou pode ser o teu neto.

Dormindo sob o teu teto.

Dormindo sob marquise.

Ou cometendo deslize.

No morro ou na “Febem”.

Ou esperando alguém.

São “as crianças azuis”.

Que tomam banho de luz.

Que pode estar nos quintais.

Nas plantações de “cristais”.

Não tenho olhos de ver.

Mais eu queria entender.

As coisas que os meus netos.

Às vezes tem pra dizer.

Eu tenho quatro crianças.

Que o destino me deu.

Se eles não são azuis.

São uma dádiva de “Deus”.

Aos meus netos Daniel, Gabriel os gêmeos Murilo, Melissa e aos azuis!

Santos 22/05/07

Honorato Falcon
Enviado por Honorato Falcon em 15/05/2007
Reeditado em 02/04/2012
Código do texto: T488412