Velho
Nos alardes das manhãs de cada espera
Por um dia melhor a resgatar
Vagueiam sombras de noites missioneiras
Nas lembranças do roteiro que se foi.
E dos anos sopram ventos araganos
Sobre o poncho do destino já gastado
E a rotina é um banco lá na praça
E os cambeios memoriais de cada um.
Que ali procura sob o sol da tardezinha
Um bom abrigo e um amigo pra falar!
E nesta cancha resumida que ainda resta
Por entre as flores e a cantiga dos pardais
Há um velho mundo hospedando um mundo novo
Que planta esperas pra viver um dia a mais!