Contraste
Seu teto é uma ponte
Na fonte defronte
O castelo frondoso,
Pomposo contraste
Com faces sofridas, vencidas...
Quem passa,
Passando apressado se vai...
Não esquece, mas fenece,
A marca na mente da gente
Da dor, do amor do Redentor.
Na desgraça, no banco da praça,
Aninha-se e definha...
Nasceu, desceu, não viveu,
Sofreu e morreu...
Quem tem culpa?...
Quem tem culpa?...
Quem estava defronte da ponte,
Quem passou apressado e sumiu...
Não assumiu o desafio.