Eu e o Mundo

O mundo pensa que me faz de bobo,

Tolo sempre será este mundo para mim,

Pois, sobrevive em aparências de cetim

Que me produzem frio, náuseas e nojo...

Bom é que as víboras consomem insetos

Posto que são nocivos ao meio ambiente,

Vivem em trajes a rigor misturados às gentes

E massacram o social desfilando de espertos...

Da hipocrisia hedionda projetam sacanagem

Sobre anseios que vegetam sem estiagem

Numa atmosfera densa, enferma, paraplégica...

O véu caiu... Sobre mosaicos reina indecência

E eu e o povo, o povo e eu, temos aguda sapiência:

Somos enfermos crônicos da contemplação cosmética!

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 13/10/2014
Código do texto: T4997687
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