Brasil, país rico é país onde pobre não tem vez
No dia da coroação
Não chame minha atenção
Nem espere que eu vá
De alguma forma concordar
Com tal degradação.
Aqui na terra dos Brasis
Das vergonhas saradinhas
Das mulatas e aves-marias
O povo já corrompeu-se
Já fora tempo de quermesse
De debates lancinantes
Do que será esta terra daqui'diante
Dinamizo minha melancolia
Desço o morro, vejo a orgia
Da lama que me cobre os pés
Chegando na rua adiante
Sou abordado por militantes
Da nossa polícia
ilícita
Agridem-me com seus cassetetes
Fico estirado na Sete
O grande tráfico de pedestres
Pisam minhas vergonhas
E seguem com suas próprias.