A sociedade do perverso upgrade
A tempestade já dura semanas
O sol não aparece cá nestas terras
O frio congela minhas entranhas
As crianças estão cada vez mais magrelas
A sociedade faliu
O peso do céu caiu
Tal como Atlas
Em meus ombros
A neve branca encosta no chão
Logo vira lama.
O belo é o que voa
Distante desta podridão
O hálito cá é carregado
De injúrias, blasfêmias...
A cortesia virou necedade
Do passado, que por direito, é meu.