O Amargo sabor do Silêncio

Trago calado em meu peito

O amargo sabor do silêncio

De quem teve os lábios lacrados

Por quem se achava mais sagrado

Refém de um esquecido passado

Massacrado por um silêncio forçado

Para não escandalizar o sagrado

Enterram-me no túmulo da impunidade

Santa protetora da maldade

Que em terra santa faz perecer a pureza

E a fé faz morrer com presteza.