Cotidiano de um amor qualquer

Sedento, aprecio seu desespero,

Faço-te de capacho

Lanço-te escada a baixo

Pra ver, mesmo depois deste desterro

Tu voltar correndo pros braços de teu amado.

De manhã dou-lhe pancadas

A tarde dou chineladas

A noite faço tu cri

Que mesmo com forte abuso

Somos só nós dois no mundo

E começo a te morder.

Passado final-de-semana

Passado os dias-de-cana

Passado o sexo-bom

Desafio-te vorazmente

A arrancar com teus próprios dentes

Meu coro que forte treme

No contato mais solene

Da minh'alma em você

A vida cá é muito boa,

Adormeço sempre na proa

Do grande barco da vida

Que me leva sem destino

Mas para meu desatino

Sempre vou com você.

Rosivan dos Santos
Enviado por Rosivan dos Santos em 30/10/2014
Código do texto: T5016817
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