Vencer ou vencer

Vejo um deserto no meio dessa multidão.

A verdade se foi, e no passado, a saudade.

Feridas e fome geraram rebelião.

Muitos destroços e mortos estão pela cidade.

Mas na realidade, foi uma auto-destruição.

Daqueles que um dia pensaram que tudo seria em vão.

Sentiu sono ao ver diante disso tanta desgraça.

O presidente dá risada e na poltrona acha graça:

"Quem dá as cartas sou eu.

Enquanto joga, bebeu.

Enforco sonhos de pessoas.

Tomou veneno, morreu."

A justiça não existe, só persiste crueldade.

Não está faltando seres de bem.

Está faltando seres de verdade.

Assuma sua postura e confesse a si mesmo.

Que o nosso destino será o desespero.

Rejeite as dúvidas e jogue fora o que não é seu.

Renove-se, vigore-se, encontre um caminho.

Dê um basta na maldade, coloque seu colírio.

Cegos, porém, vivos.

Precisam acordar imediatamente!

O caos irá tentar dominar a sua e a minha mente.

Neste deserto, sou sobrevivente.

Não sei se vou vencer, mas tenho consciência:

"Covardia seria termos injustiça,

mas covardia de verdade seria permitir cortar minha cabeça."

Jamais subestime a surpresa.

Deixe em sua cabeça a luz acesa.

Ainda não é tarde, mas não há tanto tempo.

Vencer aos gritos ou morrer ao silêncio?

Felício Mendes
Enviado por Felício Mendes em 24/11/2014
Código do texto: T5046434
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