Diretriz do bêbado

O mar se desdobra

A cada onda que passa

A chuva já não é a mesma

Passam os homens com suas garrafas de cachaça.

Na noite que não cala,

Deita-se o homem no chão da calçada

Com cada nuvem tapando a lua,

Olha pra cima e não pensa em nada.

Passam horas, passam dias

Tempos que não se pesam na balança

Passam meios-dias e meias-noites

Só não passa o desejo da dança.

Dois pra frente, dois pra trás

O ritmo mantém, o passo convém

Segue o bêbado em passos tortos,

Segue em direção do além.