Mares de pobreza

Seco sertão

Pedaço de chão

Sem água nem pão

Por um pedaço de pão

Mulheres em contradição

Vivem na prostituição

Reféns do mercenário cafetão

O povo sem noção

Vota sem razão

Elegendo político ladrão

Que quer o seu quinhão

Passando a mão

no patrimônio da nação

Craqueiros de cachimbão

Fumam crack de montão

Indo na contramão

Sem rumo nem direção

Homens no camburão

Com três oitão

Na mão

Perseguem o bandidão

Sem terra quer chão

Para alimentar a nação

Mas a reforma agrária é a negação

Do governo de plantão

Jovem com celular na mão

Fica vidradão

Sendo vítima de alienação

E presa fácil pro bandidão

Sociedade que desvaloriza a educação

Vive na contramão

Produzindo um mar de pobreza na nação

Bruno Valverde
Enviado por Bruno Valverde em 13/01/2015
Reeditado em 18/04/2018
Código do texto: T5100229
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