Não foram, Mestre Cazuza,
os nossos heróis que morreram.
Fomos nós.

Restaram os de sempre:

Os eternos "assumares" que se babam pelas fardas militares.
Os sórdidos populistas, de dedo falho e caráter igual,
que há tão pouco se venderam aos Doi/Codi do Mal.
Os falsos idealistas, os hipócritas moralistas,
os sórdidos milagreiros, os eternos bucaneiros
e a corja de oportunistas, que à sombra do Poder se agarra,
qual puta vivandeira de fanfarra.

E restamos nós, mortos, porque permitimos que existam.

Fostes em vão, Tiradentes!