CLANDESTINOS.
Cruzam os mares em agonia,
No coração mora a saudade,
Da terra, onde pão não havia,
A pobreza não olha á idade.
Trazem apenas a vontade,
De aportarem noutras terras,
Buscam paz noutra cidade,
Fugitivos de muitas guerras.
Muitos ficam nas frias águas,
Dos oceanos traiçoeiros,
Afundam-se todas as mágoas,
Que carregam esses veleiros.
Alcançam a terra prometida,
P`ra eles verdadeiro paraíso,
Exaustos quase sem vida,
Ter coragem, o que é preciso.
LuVito.