Homem á vapor.

Eu sou aquele, que anda na linha.

Aonde o trem passeia.

Eu corro sobre uma ponte de linhas suspensas.

Que balança sobre meus pés.

Eu prendo a respiração e fecho os olhos.

Enquanto, o barulho só aumenta.

E os jatinhos voam baixo.

Com os rastros de fumaça, no azul.

Assistindo o fluxo de carros,

Ao longo da longa estrada.

Desaparecendo nos túneis.

Rápido demais, constante de mais.

Eu sigo em seus calcanhares.

Protegendo minha pele dos pecados do sol.

Cruzando o grande filtro de carbono.

Que eu respiro, ao redor do ar.

Eu acho que meu corpo precisa disso.

Oh, homem do centro.

Oh, homem da vida selvagem.

Oh, o homem à vapor.

Seguindo o declínio do homem, para a máquina funcionar.

Henrique Sanvas
Enviado por Henrique Sanvas em 19/07/2015
Reeditado em 07/09/2020
Código do texto: T5316015
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